terça-feira, 21 de setembro de 2010

Assim caminhamos para as eleições

Uma parte bem pequena de esquerdistas constitui a máquina do Estado, muito bem remunerada, e deseja, evidentemente, manter a todo custo a atual situação.
Um contingente também pequeno, mas muito rico, considera bonito afirmar-se socialista e até comunista, desde que permaneça rico - é óbvio - e também está contente, apoiando gordamente a extrema esquerda.
Outra parte, um tanto maior, mas longe de constituir maioria, teme perder as “bolsas migalhas” que recebe e voltar a trabalhar, por isso, prefere que tudo continue como está.
Uma extrema esquerda, extremamente pequena, mas muito ardida, brame suas arengas ultrapassadas, para uma “boiada” que “rumina” indiferente aos seus apelos.



A maior parte dos eleitores, centrista e conservadora, vagueia confusa de um lado para outro, atarantada pelo efeito “abobalhante” das artes marqueteiras, as quais primam em negar-lhes a real aparência física e o verdadeiro conteúdo ideológico dos candidatos. Sonambulizam...
Finalmente, a parte séria, pensante e laboriosa do eleitorado, aflita pelo marasmo da maioria, perseguida por dizer as verdades e escorchada pelos impostos, é a única que percebe todos os tons da realidade e o risco iminente. Leva dentro de si a parte sadia do eleitorado.
De consistente mesmo, as esquerdas só tem as cúpulas e as minorias “ardidas”. A maioria do eleitorado, atualmente inerte, esconde um imenso mistério que reserva para depois do 3 de outubro, sejam quais forem os resultados das eleições: coisas imprevisíveis.
Quem viver verá! dizem os franceses.

Um comentário:

  1. O Editor, com raro poder de análise e síntese, resume em poucas palavras um quadro capaz de abranger um alentado volume sociológico: o primeiro parágrafo refere-se à cúpula política e sindical ocupante da máquina pública; o segundo, refere-se àquela elite venal, seguidora da moda e do "politicamente correto", beneficiada ou não pela classe governista atual e que jamais toma posição firme ou confrontadora, própria dos temperamentos amadurecidos e convictos de suas responsabilidades como elite, na hierarquia social; o terceiro parágrafo representa os eternos dependentes das bolsas-tudo, os amorfos, sempre candidatos a uma ajuda pública, a quem falta ânimo, perseverança, princípios e sobretudo brio, talvez por não terem recebido senão maus exemplos ao longo da vida; quanto ao quarto parágrafo, tem, seus representantes, nos atormentado diariamente com sua patética exortação ao cadáver insepulto da doutrina comunista, na esperança de que ressuscite na América do Sul, já que, para desgosto e inconformismo deles, morreu na Europa, Rússia e China (a qual mergulhou fundo no capitalismo, provando sua inteligência e bom senso); o quinto parágrafo representa a maioria ajuizada, retraída, em estado letárgico, mas sem bússola, piloto e mapa, vagueando na tempestade e simplesmente esperando que passe; e o sexto refere-se àquela parcela atenta, mas no momento descoordenada e ainda tentando reunir forças e planejar o futuro. Pense nisso! Divulguemos a mensagem, nada há mais cristalino e verdadeiro!

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